Uma dimensão paralela. Onde esta é a única porta de ligação. Aquilo que ninguém conhece. Aquilo que está bem escondido por dentro de um recipiente banal.Aquela dimensão que toda a gente esconde mas só alguns dão a conhecer.Eu sou uma delas.

quarta-feira, março 18, 2009

Solidariedade Profissional






Dás por ti a ter as pontas dos dedos tingidas de rosa de longe a longe?





Tens salpicos em "girlie shades" na tua bata?





Sabes que o capítulo do sistema nervoso no Bancroft é aquela com aquele borrão roxo?





As folhas dos teus livros são todas encarquilhadas devido a todos os salpicos de agua e mãos humidas que os mexeram e remexeram centenas de vezes?





Começas a achar que roxo e rosa são as cores fashion do momento e começas a procura las em pequenas coisas do teu dia-a-dia como roupa, louças, material de escritório, automóveis,...?





Consegues ver coilócitos nos faróis de certos automóveis?





Vês colorações imunohistoquímicas no linóleo de alguns chãos?





PARABÉNS!!





E benvindo ao mundo da anatomia patológica...

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Olhe para a direita e depois para a esquerda antes de atravessar

Uma rapidinha pois não posso tar aqui muito tempo:

Porque raio inventaram aqueles postes ao lado das passadeiras para os peões presionarem o botão?

é que o semáforo nunca vai virar verde só porque pressionamos o botão.

Muito menos se pressionarmos com força ou várias vezes freneticamente.

Secalhar é só para nos ocuparmos enquanto esperamos para atravessar.Porque fica mal estarmos em pé no princípio da passadeira sem fazer nenhum.

Só um pensamento. Parvo. Como sempre.

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Carta de Desmotivação

A Desmotivada
No Reino de Bué Bué Longe

To whom it may concern


Assunto: Carta de Desmotivação em resposta ao anúncio xyz


Venho por este meio informar vossa excelência que não me vou candidatar ao posto em concurso nesta vossa instituição.

Terminei a licenciatura em A.P.C.T. com uma média mediana, passo a redundância...naquele número k se encontra nos ¾.....nem é 20 nem é 10...é positiva...mas lá no meio. Reflexo daquilo que se pode descrever como “uma boa experiência estudantil em meio académico” apesar de contrabalançar com o “constante posse do estatuto-trabalhador estudante a full-time, já que as bolsas de estudo a 100% servem filhos e não enteados”.

Continuei os meus estudos académicos tendo terminado o mestrado em métodos biomoleculares, mas desta vez já subindo dois degraus na média; porque sigo sempre aquilo que me dizem, e a mim disseram-me “prá frente é que é caminho”, e como a escada rolante estava avariada, apenas subi dois degrauzinhos. Também a escada não é longa, faltava-me mais 3 degrauzecos para chegar ao topo. Positivo portanto.

Segui também as passadas dos nossos antepassados marinheiros e decidi-me lançar “overseas” tendo desaguado no porto de Bristol, cidade irmã da minha. Aqui comecei a “vergar a mulher do burro” já há praticamente 1 ano e meio. Por isso agora que penso que a “mula” já está a bater com a dentadura no chão, pensei por bem regressar pelo mesmo caminho de onde vim.

No meio da caminhada o que poderei salientar? Pós graduações? Sim. Comunicações orais em língua inglesa? Sim. Prémios de posters? Sim. Participação em congressos internacionais com certificado de mérito? Sim. Publicação de artigo científico? Em progresso.

Trabalho em Portugal? NÃO.

Não queria que me entendesse mal...Isso não é um louvor à minha falta de humildade. Até porque a tenho e em quantidades superiores ao q.b. Mas acho que chega de sorrisinhos amarelos quando continuo a ser constantemente pontapeada pelo meu próprio país.

Queria voltar? QUERO.

Posso? NÃO.

E porquê? Porque não tenho pais ricos, nem tenho conta no BES. Porque não tenho um tio na direcção desse laboratório importante, ou porque a minha prima não tem de Azevedo no nome, ou porque a minha mãe não tem Dra. a iniciar o nome no B.I.

Só me resta uma pergunta: porque insistem em pedir carta de motivação e c.v. detalhado para candidatura? Não seria mais útil uma árvore geneológica?

Fico a aguardar uma mudança de mentalidades e que em Portugal o processo de contratar pessoas pelas suas reais qualidades e não por factores que em nada vão ajudar o desenvolvimento do país ou especificamente da instituição empregadora, passe a ser generalizado e não um movimento estranho e raro característico de meia dúzia de gatos pingados.

Sem mais de momento me despeço com cordiais cumprimentos,

A desmotivada.

Estamos a voltar à Censura?

Vejam aqui e aqui e tirem as vossas próprias conclusões.

Estaremos nós a andar para trás?

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

CAN'T SPEAK FRENCH

Há algo de fantástico na língua francesa que ainda não consegui dissecar.
A fluência?
Talvez...
O glamour...
Decerto.
Mas muito, muito mais.
Soft...delicate...sexy...glamorous...whispering... haunting...
Tem de facto o poder de me fazer tirar os olhos duma página escrita para sucumbir aos encantos hipnotizantes e procurar a sua origem.
Acresce ainda o facto de achar o ambiente burlesco fascinante. Quando ouço francês, sinto me num tal cenário de Moulin Rouge.
Definitivamente tenho k aprender esta. Até porque até hoje as minhas tentativas para falar em francês assemelham-se a algo como a libertação de de um homem nú coberto em ketchup e maionese e com um ovo estrelado na cabeça no meio de uma tribo de 50000 canibais que andam a dieta vegetariana há 3 semanas e 5 dias.
FUJAMMMM!!!!

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Esclarecimento de dúvidas


(Clica na imagem para focar)

E não me voltem a perguntar porque quero regressar.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Farewell twenty-four...

Ontem tinha menos um ano.
Nunca tinha pensado nisto mesmo a fundo, mas é verdade. Confirma-se. Pode-se ganhar um ano assim de um dia para o outro.

Isto nunca aconteceria se fizessemos as coisas gradualmente, tipo, ai hoje faço 24 e 364 dias. E ai pronto, já era natural que viesse assim o 25 no dia seguinte. Até porque começa a custar dizer números quando passam dos 300. “Hoje faço vinte e quatro anos e trezentos e sessenta e quatro dias”. Ufa. E no final da frase, já temos que beber um golinho de agua que ficamos com a garganta seca de tanto falar.

Mas não.

Insistimos em ficar assim apáticos a olhar po nada..com 24 durante uma eternidade. Até que apanhamos um susto trombótico quando um dia acordamos e vemos o nosso hi5...
e la esta ele...
o 25.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Campanha anti-pseudotécnicos

Hoje no JN ouve se pela primera vez os ecos da campanha anti-pseudotécnicos. E para os mais distraídos, esta campanha foi lançada há uns meses atrás no sentido de denunciar casos em que pessoas que sem qualquer tipo de habilitação superior exercem funções de técnicos de diagnóstico e terapêutica. Isto meus amigos, para além de ilegal, põe a saúde dos portugueses em risco e milhares e milhares de jovens qualificados com sonhos ainda por concretizar na gaveta do desemprego.

Apenas quero acrescentar ao muito que já foi dito que “nem tudo o que reluz é ouro” e que nem todos os que vestem bata branca são doutores e por isso abram bem o olhinho porque com a saúde não se brinca já dizia a minha avozinha. O Sr. Manuel do talho ali do Cedro também veste uma batinha branca, mas sem dúvida que têm um método muito próprio de fazer colheitas de sangue, e pelo que se consta até é um cadinho po trapalhao porque deixa chapinar tudo pa batinha.

Confesso que esta é mais uma situação das milhares que me fazem confusão. Como pode o nosso falido governo permitir uma situação destas? Está a comprar gato por lebre. O utente vai ao médico. Este requisita exames. O utente dirige-se a uma clínica privada. O estado comparticipa pagando o serviço realizado única e exclusivamente por técnicos de diagnóstico e terapêutica. Mas os técnicos que lá estão nem um pé puseram numa escola superior. E agora?

Fraude. Sim é. Mas desta vez não são uns canais a mais que você apanha com uma “box pirata” manhosa. Desta vez não são umas notas excelentes que o seu filho tira num exame dado num externato privado. Desta vez não é aquela vizinha que para lhe pagar aquele favor quase esquecido mexe os cordelinhos para lhe conseguir aquele emprego fantástico na função pública. Desta vez não são aquelas fotocópias daquele album de fotografias ou daquelas receitas que se tiram na fotocopiadora lá da empresa para poupar mais uns trocos. Desta vez
É A SUA SAÚDE!